Como um encontro inesperado com um apóstolo na Tailândia me trouxe de volta à Igreja
Na metade dos meus 30 anos, senti que não podia continuar na Igreja. Experiências profundamente dolorosas — incluindo vários abortos espontâneos e um divórcio — deixaram minha alma ferida e a firme convicção de que eu nunca me encaixaria entre as mulheres Santos dos Últimos Dias.
Lembro-me de ter orado a Deus, perguntando por que experiências tão difíceis faziam parte da minha vida. Na manhã seguinte, os aplicativos do meu celular travaram — exceto o aplicativo Biblioteca do Evangelho. Então escolhi aleatoriamente um discurso para ouvir no caminho para o trabalho. Era “Vencer o Mundo”, do élder Neil L. Andersen. Fiquei surpresa com o quanto aquele discurso falou comigo, e realmente senti paz.
Mas um único discurso não apagou a dor profunda que carregava no coração. Os problemas continuaram se acumulando, e logo, todas as minhas lembranças espirituais começaram a parecer manchadas. Eu não queria mais nada com a Igreja e comecei a fumar e beber com amigos depois do trabalho. O álcool me fazia sentir melhor por um tempo, mas a dor e a decepção sempre voltavam.
Alguns anos depois, fui visitar amigos na Tailândia, alguns dos quais eram membros da Igreja. Eles me contaram que o élder Andersen estava no país visitando o canteiro de obras do Templo de Bangkok, na Tailândia. Quando ouvi o nome do élder Andersen, fiquei chocada. Ouvir aquele discurso havia sido minha última experiência positiva com a Igreja. Como era possível estarmos na Tailândia ao mesmo tempo?
Meus amigos também disseram que a Igreja estava procurando alguém para tirar fotos de um devocional que o apóstolo faria para os jovens adultos solteiros da região. Como eu tinha experiência em fotografia, eles me incentivaram a aceitar. Fiquei hesitante em estar em um ambiente cheio de Santos dos Últimos Dias, mas estava tão surpresa com a coincidência que acabei indo.

Fiquei quietinha ao fundo com minha câmera, acompanhando o élder Andersen enquanto ele cumprimentava as pessoas e discursava no devocional. E, pela primeira vez em muitos anos, senti o Espírito e me lembrei de como o evangelho podia ser alegre. Senti que Deus realmente me via, e enxugava as lágrimas dos olhos enquanto tirava as fotos.
Durante toda aquela noite, pensamentos inspirados pelo Espírito encheram minha mente, e algo ficou muito claro — se eu quisesse curar a dor no meu coração, precisava voltar ao templo.
Quando voltei para casa, na Califórnia, comecei a conversar com meu bispo. Demorou um tempo até que eu estivesse pronta para retornar ao templo, mas quando isso aconteceu, foi como se as rachaduras no meu testemunho — e no meu coração — começassem lentamente a ser preenchidas. Quando estou no templo, é como se ouvisse uma linguagem mais pura, que fala à minha alma e a cura. Com o tempo, senti que estava mais preparada para me comprometer com a Igreja e com o evangelho do que jamais estive antes.
Hoje, trabalho no centro de distribuição próximo ao Templo de Oakland, Califórnia, ajudando pessoas que vão adquirir suas primeiras roupas sagradas do templo. Gosto muito do que faço, porque sinto que é uma pequena forma de ajudar outros a também encontrarem a cura espiritual que encontrei. A casa do Senhor realmente significa tudo para mim.
Fonte: LDS Living
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